A mobilização das comunidades brasileiras acompanhadas por AID tem sido grande nas últimas semanas em torno da construção de Planos de Advocacy que vão orientar suas articulações com o poder público. Depois de eleitas as comissões de lideranças, os grupos agora estão com a mão na massa e até meados de junho devem estar com suas análises e propostas prontas para apresentarem ao poder público e às instâncias de controle social. Atualmente, o momento é de estudo dos problemas da comunidade e discussão sobre o amparo legal das possíveis soluções.
Em Sapé, o problema escolhido foi na área de saúde, já que a grande questão a ser resolvida é o mau atendimento no Programa de Saúde da Família e a falta de medicamentos nas unidades básicas. Um grupo de 18 pessoas, entre elas dez lideranças acompanhadas pela entidade e quatro adolescentes, já participou de três reuniões para se aprofundar no tema e agora vão realizar uma sondagem na comunidade sobre o assunto. Lá, o grande empecilho é uma denúncia de que a prefeitura não prestou contas de suas despesas com medicamentos e, por isso, está impedida de receber mais recursos com esta finalidade.
Já no Roger, depois de ter realizado uma assembléia com a comunidade e ter tido uma audiência com secretarias relacionadas à questão da habitação em João Pessoa, a questão da casa própria se mostrou como um dos maiores desafios locais. Mas o problema do esgoto doméstico o industrial que toma conta das lagoas instaladas no bairro também estão na mira do grupo. Ao todo já foram realizadas cinco reuniões e mais três estão programadas até o final deste mês, além de visitas na área das lagoas e análise físico-química da água. Mesmo assim, o grupo de 15 pessoas, sendo seis delas mulheres participantes do grupo de lideranças, também está se mobilizando para melhorar a estrutura do PSF no bairro e para que seja feito o tratamento do esgoto doméstico e industrial produzidos na região.