A prefeitura de Sapé assumiu ontem, dia 10, o compromisso com as comunidades Eucalipto e Gino Novo de atender às solicitações feitas pelos seus moradores durante a Conferência Municipal de Sapé – Saneamento: você tem esse direito! “Além de entregar os documentos ao prefeito, me comprometo a acompanhar de perto o atendimento de todas essas propostas, já que conhecemos bem os problemas apresentados e sabemos que há muitos anos eles persistem”, declarou o vice prefeito Melcíades Brito.
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Durante a conferência, as duas comunidades apresentaram um histórico de seus problemas e entregaram ao vice prefeito uma carta em que narram as soluções propostas na área de saneamento. A comunidade Padre Gino Novo quer que a prefeitura garanta a recuperação de fossas sépticas, a pavimentação de duas vias, a construção de galerias pluviais para facilitar o escoamento das águas da chuva, além de outras melhorias. Já a comunidade Eucalipto quer a instalação da rede de esgoto e a pavimentação de quatro vias, além da construção de uma ponte sobre o canal que margeia a comunidade, melhorando o acesso ao local. Ambas também exigem o cumprimento das promessas de construção de casas para famílias que estão morando em condições muito precárias.
A principal queixa de quem está insatisfeito com o serviço é o esgoto que corre a céu aberto nas ruas. Para 38%, a obra de esgotamento sanitário é a principal necessidade de suas famílias em relação a este direito. Na Gino Novo, por exemplo, 53% das residências conta com uma fossa séptica como forma de esgotamento. Os dados são fruto de uma pesquisa realizada no início deste ano pelo projeto “Juntos pelo Desenvolvimento, em Defesa dos Direitos”, com a assessoria da Universidade Federal da Paraíba.
Quem também esteve presente no evento foi a diretora da Concern Universal de Moçambique, Helena Skember, que está no Brasil para conhecer a experiência exitosa de articulação e diálogo entre comunidades e o poder público para garantir seus direitos. “Estou muito impressionada com o conhecimento que as pessoas estão demonstrando a respeito de seus direitos. Moçambique tem problemas bem mais básicos e estou aprendendo muito com os caminhos que vocês estão percorrendo aqui”, avaliou.